DOLCE VITA
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                            PLANTÃO DA VERDADE








O "Plantão da Verdade" informa: 

 
O tema desta crônica é uma homenagem a quem erra.


Acordei generosa comigo! O que é raro, por isso, não deve ser mais um erro!


Afinal, há algo mais crônico do que errar?

 
Penso nos erros como os poemas no meu caminho. Nem sempre suas rimas mostram o sentido, mas nos tropeços, pedras e enganos, a vida se desenha em mim.

 
Então, em homenagem a todos os erros que cometi e certamente cometerei, republico ao final deste texto, uma das minhas poesias, mas, desta vez, com legenda! 



Nestes versos cometi um erro comum, como outro qualquer. E de repente, isso me pareceu sobre-humano. Reconhecer meu lugar comum. Meus clichês. Nada de tão importante, assim, a dizer!


Entretanto, o "Plantão da Verdade" exige transparência. E pelo bem da educação, saúde e cultura, neste poema que segue, onde está escrito "veia aorta", queira, por gentileza, perdoar o meu erro fatal, porém comum!


Ainda bem que não sou médica nem professora de anatomia!


Então, agora você também já sabe que eu sei: a "aorta" é uma artéria! E não veia!


Repita comigo: a aorta é uma artéria que pode entupir se você não for saudável. Enquanto o destino da veia com péssima circulação é criar varizes!


Desculpem minha veia, digo, falha!
 

Talvez, o sentido resistisse (e não ressentisse como agora) ao circular em veia poética com licença médica! E lírica!


Quem sabe, a precisão cirúrgica (do sentido) seja o preço da responsabilidade de quem não poder errar, apesar de humano.


Enquanto a poetisa erra (em negrito) e ainda mostra os versos! 

 
O "Plantão da Verdade" informou meu erro.


Eu erro. E você?





                                


                                          Náufraga



                 Versos livres jogados no mar da inquietude

                                  em aflição navega a veia aorta.


                         
      
                                 Maré alta arrasta o poema doído

                                  que nada doido, não faz sentido!
                                               

          

                         Dor retorna a esta artéria quase morta

                                  dilacera a alma, silêncio sombrio.
            

            

                          Por isso agarro a palavra como náufraga

                            e mergulho em ondas fugindo do vazio.








 (*)
Imagem: Google


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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 09/07/2009
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