Esqueceu as respostas na ponta da língua. A visão de mundo, assim como os códigos e conceitos, pouco valem em terreno desconhecido. Então decidiu se desligar do baú das soluções mágicas e do excesso de bagagem inútil.
Agora já não confunde mais cortesia com falsidade, nem desperdiça tempo com bobagem. Tempo, talvez, seja seu bem mais precioso. Não recicla. Não renova. É finito.
Por isso aproveita até os segundos e não perde uma boa conversa com aquele amigo querido, nem que seja às duas horas da madrugada e a diferença de fuso horário a faça bocejar. Ela sempre sorri quando boceja. Deve ser este o segredo de não lamentar o sono nestas horas.
Na verdade ela não lamenta nem os testes diários de resistência. Segue. Finalmente deixou de temer as pedras. O mais importante é o caminho.