Orlando saía de casa todas as noites carregando uma cadeira, e nela se acomodava, após encontrar na redondeza uma rua que o agradasse. Nenhuma movimentação escapava de seu olhar atento. Na vizinhança ninguém conseguia entender tamanho interesse em observar as pessoas indo e vindo. Qual seria a graça que só Orlando via? A questão martelava o pensamento de Dona Florinda. E ela resolveu que iria descobrir. Na noite seguinte, ao notar a aproximação da vizinha segurando uma cadeira, Orlando disse: