Quando publicou o anúncio no jornal, ela não esperava encontrar tantos interessados. Naquele mês estivera com mais de quarenta homens. Juju alugava sua imaginação. E preenchia o vazio amoroso dos clientes com um passado inventado por suas histórias. Durante os encontros, Juju contava as passagens fantasiosas que eles teriam vivido ao seu lado. O negócio prosperou tanto que ela abriu um escritório com um belo jardim para receber os solitários. Ali, Juju oferecia sessões de doces devaneios mediante pagamento. Seus clientes eram fiéis. E queriam apenas uma coisa: sonhar de olhos bem abertos.