Durante as longas caminhadas para aplacar a ansiedade, Laura começou a falar com os edifícios. Alguns mereciam apenas críticas em relação à arquitetura. Outros ganhavam uma discreta confissão. Naquela noite, diante do prédio mais bonito da rua, ela não conteve o impulso de abraçar uma das colunas de mármore. Por um brevíssimo instante, Laura quis misturar-se à solidez da pedra branca, e descansou ali, seu medo de desintegrar.