Lá fora, o temporal dera uma trégua. Ela observou o sujeito que entrara no bar vestindo uma elegante capa de chuva. O estranho acomodou-se no balcão e, após fazer seu pedido, fixou o olhar em Julia enquanto falava:
— É a segunda vez que passo por aqui.
Ela se limitou a sorrir sem entender a razão do comentário. Num gesto ágil, o homem pegou o cálice deixado pelo garçom e ergueu o pequeno copo de vidro em direção à luz. O líquido brilhava. E então disse:
— Nada se compara a um gole de tequila na lua.
Havia uma inesperada beleza naquela declaração. Julia não se conteve:
— Você é astronauta?
A pergunta soara ridícula. E a resposta seria breve: