Era uma vez a história sem fim da sociedade dos poetas mortos, presidida por Forrest Gump e Edward Mãos de Tesoura, sempre disposto a cortar os longos casos do amigo.

Entre uma corrida e outra, Forrest Gump contou, nessas histórias cruzadas, que Thelma & Louise e as virgens suicidas se encontraram no El Bar. Depois de horas, o garçom piscou para uma das virgens. Tímida, mas nem tanto, ela confidenciou:

— Nunca fui beijada.

Ao ouvirem a tal declaração, Thelma & Louise pagaram a conta e ofereceram uma carona sinistra para as garotas.

Juntos pelo acaso, depois de comparecerem a quatro casamentos e um funeral, Scarface  e Mary Poppins conversavam no balcão do bar sobre a tumultuada vida amorosa dela, enquanto Scarface se perguntava: afinal quem vai ficar com Mary?

De repente, a noiva em fuga entrou correndo no boteco, completamente descompensada. Ao ver o estado da mulher, Scarface sugeriu:

— Se beber, não case!

Do outro lado do balcão, Romeu e Julieta, em um encontro às cegas, decidiram colocar as cartas na mesa.
 

Julieta abriu os jogos vorazes:

— Sexo sem compromisso, apenas uma noite.

Romeu retrucou:

— Apenas duas noites.

Julieta rebateu:

— Casa comigo?

Romeu parecia transtornado ao dizer:

— Proposta indecente.

Naquele exato instante, Mary Poppins se aproximou de Julieta, sussurrando em seu ouvido:

— Ele não está tão a fim de você.

E então, toc-toc, alguém bateu na porta do bar. Era o filho da noiva, também em fuga, gritando:

— Esqueceram de mim. 

No fundo do salão, os bons companheiros, Allien, o oitavo passageiro do Titanic e Ghost, do outro lado da vida, dançavam de rostinho colado ao som de Susie e os Baker Boys.

— Mamma mia! O que fazemos nas sombras?

— Parece que o sexto sentido não funciona por aqui.

(*) IMAGEM: TOM HANKS

“FORREST GUMP, O CONTADOR DE HISTÓRIAS”

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