“A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM” (“THE GRADUATE”), dirigido por MIKE NICHOLS narra as incertezas (e a solidão) de Benjamin Braddock (DUSTIN HOFFMAN) ao sair da faculdade. Perdido e à deriva como um peixe fora d’água, Benjamin é seduzido por uma amiga da família, a esposa do sócio de seu pai, a Sra. Robinson (ANNE BANCROFT). E para complicar ainda mais as coisas, se apaixona pela filha dela, Elaine (KATHARINA ROSS).
Existem muitas razões para assistir e revisitar essa excelente obra. “A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM” é um grande representante de uma mudança no cinema clássico norte-americano, influenciado pelo movimento cinematográfico francês NOUVELLE VAGUE. Os filmes passariam a ser mais autorais, e os personagens humanizados, com falhas e imperfeições evidenciadas.
Outra qualidade do filme que merece ser destacada: o trabalho de montagem e edição. A linha do tempo é trabalhada com uma preciosa habilidade através dos cortes e enquadramentos. A alternância “claro-escuro” também é muito interessante: nesse jogo de luz e sombra observamos o que Benjamin e a Sra. Robinson desejam exibir ou esconder. A interpretação de ambos é magnífica.
SIMON & GARFUNKEL assinam a trilha sonora icônica. A música tema “THE SOUND OF SILENCE” está entre as mais cultuadas do cinema.
O filme levou o OSCAR de melhor direção e foi indicado a outras seis categorias: melhor filme, melhor ator para Dustin Hoffman, melhor atriz para Anne Bancroft, melhor atriz coadjuvante para Katharine Ross, melhor fotografia e melhor roteiro adaptado. No GLOBO DE OURO ganharia cinco prêmios: melhor filme em comédia/musical, melhor diretor, melhor atriz em comédia/musical para Anne Bancroft, melhor revelação masculina para Dustin Hoffman e melhor revelação feminina para Katharine Ross.
Há muito mais a ser dito a respeito do filme, mas este é um post breve, para lembrar a importância e a qualidade de “A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM” na história do cinema.
#cinema
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(*) DUSTIN HOFFMAN E ANNE BANCROFT. E meu microconto.
NOTA: meus microcontos são homenagens ao cinema. E dialogam apenas com a imagem que os inspirou sem necessariamente ter qualquer compromisso com a reprodução da história dos filmes.