DOLCE VITA
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                             (Não sou)  VIRTUAL 
                       (Resposta para Zélia Maria Freire)





Leio tua "indagação crônica" (ah, depois do "bócio criativo" sou uma mulher de expressões!) encantada.


Sabe, cá entre nós, tem coisa mais chique do que filósofos?


Esta gente disposta a pensar o pensamento é fascinante!


E o pensamento é o espaço da abstração, do simbólico.


Então, acho que existe uma coisa virtual que nos liga quando pensamos.


Uma coisa etérea, como um abraço de nuvem, em torno das nossas idéias.


Eu não sei se é possível explicar, mas quando leio certos autores (e agora, Zélia, você está entre eles) sinto que estou acolhida.


Minha solidão diminui.


Não. Não é a solidão física. 


Esta não é problema na minha vida.


Falo da solidão pessoal e intransferível da alma. 


E acho que é a solidão do sentido. 


Certos autores parecem dialogar com a minha alma e trazem  uma espécie de alegria.


Virtual ou real, estas pessoas que nos acrescem só podem fazer sentido.


E, você, Zélia, com tuas crônicas em todas as manhãs, abre caminhos para reflexões que provocam uma ressonância peculiar. 


Se este diálogo acontece em espaço virtual ou real, o que importa?


O mais interessante já acontece: a comunicação.


Por isso, vamos continuar pensando a vida!


Isso, sim,  importa.


P.S.: Me especializei em piada com legendas e agora em títulos com legenda. O título da crônica original: "Sou Virtual" é ironia. Portanto, (Não) Sou Virtual.


(*)
Imagem: Google


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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 16/05/2009
Alterado em 17/05/2009
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