DESAVERGONHADA

DOLCE VITA

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                                    DESAVERGONHADA

Tua pergunta ainda martela minha mente
" E quando a vergonha veste o sentido?"

                                    Quisera ter a resposta fulminante
                                    E saber de poesia, como sei andar.


Se penso na vergonha sobre o sentido
nada mais existe, nem parece escrito.

                                          O que não é dito, ainda seria visível
                                          Em qualquer entrelinha do ser aflito?

Como deixar a vergonha matar o sentido
Com o peso da censura que constrange?

                                          Se a beleza, mesmo impura, é casta
                                          e quando casta, ainda mais indecente.


A palavra transgride o sentido aparente
em sua liberdade, resiste a mais um dia.

                                      Nesta poesia a resposta está ausente
                                      a noite foi embora e a vergonha é vazia.

(*) Imagem: Google

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Dolce Vita

Enviado por Dolce Vita em 17/06/2009

Alterado em 17/06/2009

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Comentários

Stein haeger há 15 anos

Maravilhosa! Sem a barreira da repressão e sem o temor de transgredir, é que nos abre uma ampla paisagem com lugares convidativos, pra que viajemos mais... sem regras, sem limites, compromissos, tabus ou etiquetes... Cheiros em você!

Evelyne Furtado há 15 anos

Maestria! Palavras desavergonhadas e belissimas! Parabéns e bjs.

josé cláudio Cacá há 15 anos

Em pouquíssimas palavras: estou boquiaberto. Lindo, lindo, lindo! Paz e bem.

Alcir Andrade há 15 anos

Seria ótimo se não censurássemos nossos pensamentos e sentimentos, pois a vergonha na verdade está mais para autocensura do que qualquer outra coisa. Um ótimo dia para você.

Helio Pequeno há 15 anos

Depois da partida, a palavra assume diversos sentidos e varia no \"veto\" e no vão do ouvido de quem pensa que sabe daquilo que lê... Lindos versos. Bju, Petit(Poema!)

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