DOLCE VITA
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                                    COISAS ESTRANHAS





 
O tema desta crônica me levou a pesquisar se outras pessoas eram "vítimas" da mesma situação. 

 
Há alguns anos uma estranha coincidência ronda meus dias. Se estou distraída, parece que algo me "acorda".  Nem preciso olhar o relógio. Posso quase deduzir: será alguma hora qualquer, seguida de "VINTE E DOIS" minutos. 

 
Sim, caro leitor. O número vinte e dois me "persegue"! Se fosse uma vez ou outra, sinceramente, nem me lembraria. No entanto, isso ocorre há anos! 

 
Não! Não são (ainda) vinte e dois anos, mas rumo a completar mais de cinco, nesta verdadeira "ode à repetição".  Se bem que preferiria "ÓDIO À REPETIÇÂO"! 
 

Depois de algum tempo me dei conta, como toda descendente de libaneses, que (não) nega a raça: detesto esta "monotonia numeral"!  

 
Isto é uma tortura! Um horror! Um? Não! Vinte e duas vezes horror, horror, horror!

 
E por falar em horror, este gênero tão difícil e por onde não me atrevi, até hoje, experimentar, outro dia, na página do escritor de contos deste estilo, Victor Meloni, quis agradecer o comentário em minha crônica, pois o admiro e sou grata por seus olhares em meus escritos, desde o segundo texto que publiquei aqui.


E o que acontece? A página dele abre em 2222 leituras!


Saí de lá morrendo de medo, sem ao menos ter lido uma linha sequer!!! Assim não dá! Vou criar o gênero "crônicas de terror" e contar tudo nos mínimos detalhes. Desde o começo!


Então, tudo isto começou...


Minha imaginação interrompe e toma a palavra:


- Calma lá, Dona Escritora! Isso seria outra crônica! Tenho até o título!


- E qual seria, voz interior abusada?


- "Vinte e dois anos no divã. À vista!".  E posso explicar a repetição do número.


- Oh! Explique! Estou curiosa!


- Elementar, minha cara! Sou o número vinte e dois a dizer infinitamente: "Tudo eu! Tudo eu! Tudo eu!".
 

- Oh! Oh! OH! Imaginação! Há quanto tempo não cortava meu raciocínio!
 

- Por isso mesmo estou aqui! Sem minha presença, o que sobra escrever? A história do número vinte e dois?  E em série! Dona Escritora, ou é muito corajosa ou não tem a menor noção! Se não sou eu, por aqui!

 
- Estaria perdida não é mesmo? Saiba que existem até comunidades para pessoas comentarem essa mesma coincidência!

 
- OH! Não diga! Não diga, por favor! Se não tem compaixão pelos seus leitores, imploro, então, por mim! Poupe-me!

 
- E tem mais! Descobri que na numerologia, o número vinte e dois é um número mestre! E que corresponde à necessidade de criar coisas consistentes e que alcancem mais pessoas! Não é uma interessante perspectiva?
 

- OH! OH! OH! Minha vida de escrava da Dona Escritora está explicada! Sou vítima de um ser abduzido pela repetição do "número mestre-amador": vinte e dois! 
 

- Olha aqui, imaginação abusada e irreverente! Limite é bom! E respeito, melhor ainda! Chega!
 

- É melhor mesmo, Dona Escritora, afinal, (ainda) não ganhei nada com isto!
 




(*) Imagem: Google
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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 21/06/2009
Alterado em 24/06/2009
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