DOLCE VITA
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                              E POR FALAR EM SAUDADE...
 






Abro minha caixa postal e em um segundo identifico tua mensagem em meio a tantas outras. Você pensaria em olhos de lince? Imagino que é olhar de saudade. E a sensação que esta ausência é insaciável.

Será que se alimenta de vazio? Confesso, não quis abrir de imediato tua mensagem. Tive medo que quisesse se despedir. Ou ainda, algo mais triste: desistir.

Não leia nisto nada além de franqueza banhada em afeto. Sem cobranças. Quem cobra, julga e condena.  Não sou ninguém para uma coisa ou outra.


Não há nada a ser esperado por justa causa, mas apenas por livre e espontânea vontade. Como toda grande e profunda amizade deve ser.


Entretanto se disser que não sinto falta das tuas poesias, minto. Claro que trago comigo a esperança de um breve retorno. E o desejo de que não prolongue demais essa distância entre meus olhos e tuas letras.


Tente ouvir seu silêncio. Escrevo sobre ele. Quanta vida se esvai sem tradução.


Meu poeta predieto, a palavra te espera. Não a abandone por tanto tempo. Sem tuas rimas o mundo fica mais estranho... Oco.


Traga o sentido e a liberdade de volta como o vento nas velas de um barco. Preciso mergulhar nessas águas e recuperar o fôlego. Minha alma, novamente arranhada, busca refúgio.


Tua poesia oxigena meu dia... E assim, a noite não pesa.



P.S.: Fiquei feliz com aquela notícia. E, sim, também estás sempre em meu coração.




(*) Imagem: Google

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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 22/07/2009
Alterado em 20/07/2011
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