Textos
VIVA E DEIXE VIVER
Há algumas pessoas que nascem com a "alma revisora".
Uma espécie de "Plantão Crítico".
Não aconselho a errar perto delas.
"Sem música a vida seria um erro", segundo Nietzsche.
Para estas pessoas "a música da vida é o erro"!
Não ouse desafinar ao redor!
Você pode se esforçar, tentar ser pontual o ano inteiro. Entretanto, se atrasar dez segundos, naquela segunda-feira caótica, onde metade da cidade foi atingida por um dilúvio, irá direto, sem escala, para o "paredão dos erros".
E executado em praça, digo, reunião pública!
Essas pessoas são excelentes controladoras de qualidade (de coisas inanimadas). Sim, sem vida! E será isso que o espera ao lado delas.
Você consegue imaginar um mundo onde não possa errar nunca?
Obviamente não estou defendendo que os erros devam ser vangloriados. Nem desejo que meu cirurgião erre se, por ventura, precisar dos seus cuidados.
Há situações onde o erro custa a vida.
No entanto, falo daquelas onde a vida custa o erro.
Deve haver algum prazer sádico nessa compulsão em apontar erros alheios. Não é possível! Só o que está errado conta ou importa? Talvez, seja realmente apenas isso que faça sentido a este tipo de personalidade.
E assim, nascem os rótulos. Multiplicam-se as condenações. Afinal, quem mandou você deslizar ali e errar bem na frente de um amante da perfeição? Tivesse mais cuidado! E fosse perfeito! Ora! Ora!
Na balança (do julgamento) destas pessoas, a humanidade de cada indivíduo é fatal.
Não há como sobreviver por muito tempo em um mundo rígido e sem espaço para as imperfeições.
O divino (em mim) é ser humana. E cada um oferece ao mundo o que tem.
Deus está nos detalhes. A imperfeição do homem também.
P.S.: E como me especializei em legenda, lá vai! Esta crônica é genérica. Atende a qualquer indivíduo (ou não). Imagino que não deverá apresentar contra-indicações ou reações adversas, se lidar bem com as imprecisões.
(*) Imagem: Google
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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 23/07/2009
Alterado em 23/07/2009
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