DOLCE VITA
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Textos
EU TAMBÉM QUERO!!!
Vivi até os seis anos na Serra da Cantareira e na época, visitar a casa de meus avós significava fazer contato com a "civilização urbana".
Eles moravam em uma pequena vila (na verdade era uma ruazinha, mas todos chamavam de "vilinha") do bairro Paraíso, na zona Sul de São Paulo, onde passei boa parte dos finais de semana, entre brincadeiras e sonhos.
Naquela rua nasceu uma de minhas primeiras amizades. Seu nome é Débora. Nossas mães são xarás. Devo ter imaginado que havia algo especial naquela coincidência e me aproximei dela.
Embora, para ser absolutamente sincera, seu irmão mais velho era o menino mais bonito que conhecia!
Acho que ele me fazia sentir importante. Assim que o carro de meu pai entrava na rua, o garoto corria para acenar. E sorríamos um para o outro como se o mundo parasse ali, naquela cena. E este gesto tornava os momentos vividos na rua de minha avó, literalmente, o Paraíso para mim!
Bem, mas esta crônica não é para falar do irmão de Débora! (Imagine se fosse!).
Débora e eu brincávamos muito. E conversávamos mais ainda.
Numa tarde, minha mãe e eu fomos à sua casa. Enquanto nossas mães tomavam café, minha amiga conta:
- Sabe o que eu ganhei no Dia das Crianças?
Respondi que não sabia e Débora revela:
- Sapatos cor de areia!
Aquele tom estava no auge da moda, mas havia um detalhe: não tinha a menor idéia deste fato. No entanto, sem dar o braço a torcer, para a surpresa de minha mãe, disse:
- Eu também ganhei sapatos, mas os meus são diferentes.
Minha amiga, curiosa, quis logo saber como eram. E a voz da minha imaginação respondeu:
- Os meus sapatos têm dois brilhantes na ponta e um coelhinho no meio.
Minha amiga ficou tão impressionada que começou a gritar para mãe dela:
- Eu também quero!!!
(*) Imagem Google
Vivi até os seis anos na Serra da Cantareira e na época, visitar a casa de meus avós significava fazer contato com a "civilização urbana".
Eles moravam em uma pequena vila (na verdade era uma ruazinha, mas todos chamavam de "vilinha") do bairro Paraíso, na zona Sul de São Paulo, onde passei boa parte dos finais de semana, entre brincadeiras e sonhos.
Naquela rua nasceu uma de minhas primeiras amizades. Seu nome é Débora. Nossas mães são xarás. Devo ter imaginado que havia algo especial naquela coincidência e me aproximei dela.
Embora, para ser absolutamente sincera, seu irmão mais velho era o menino mais bonito que conhecia!
Acho que ele me fazia sentir importante. Assim que o carro de meu pai entrava na rua, o garoto corria para acenar. E sorríamos um para o outro como se o mundo parasse ali, naquela cena. E este gesto tornava os momentos vividos na rua de minha avó, literalmente, o Paraíso para mim!
Bem, mas esta crônica não é para falar do irmão de Débora! (Imagine se fosse!).
Débora e eu brincávamos muito. E conversávamos mais ainda.
Numa tarde, minha mãe e eu fomos à sua casa. Enquanto nossas mães tomavam café, minha amiga conta:
- Sabe o que eu ganhei no Dia das Crianças?
Respondi que não sabia e Débora revela:
- Sapatos cor de areia!
Aquele tom estava no auge da moda, mas havia um detalhe: não tinha a menor idéia deste fato. No entanto, sem dar o braço a torcer, para a surpresa de minha mãe, disse:
- Eu também ganhei sapatos, mas os meus são diferentes.
Minha amiga, curiosa, quis logo saber como eram. E a voz da minha imaginação respondeu:
- Os meus sapatos têm dois brilhantes na ponta e um coelhinho no meio.
Minha amiga ficou tão impressionada que começou a gritar para mãe dela:
- Eu também quero!!!
(*) Imagem Google
Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 08/08/2009
Alterado em 08/08/2009
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