DOLCE VITA
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                    ENTREVISTA DE QUINTA (AVENIDA)




Novamente tenho o imenso prazer de apresentar trechos de minha entrevista com um renomado cineasta.


Senhoras e Senhores: Conversas com Udy Allien.



Dolce Vita:
- Caro Udy, desejo surpreender nesta entrevista. E por isso, proponho conversarmos sobre um dos seus filmes! Não é o assunto que mais o agrada, mas na falta de algo melhor, podemos falar de: "Tudo que você queria saber sobre sexo mas fica cansado só em pensar". Por que e como surgiu a inspiração para fazer um filme voltado ao público com mais de 90 anos, sem perspectivas de vida sexual ativa? Seria sua admiração por obras como "Morangos Ciprestes" e "Íntimo Selo"?
 
Udy Allien: - Foi um momento de fraqueza, digo, homenagem! Todos sabem que Itamar Bergman é o vice na minha lista TOP 5 dos diretores preferidos. Ele só perde para mim mesmo que ocupo o primeiro, terceiro, quarto e quinto lugares.




Dolce Vita: 
- É verdade que "Mãe Rata" foi filmado em preto e branco apenas por uma questão depressiva? Você estava tão deprimido que via tudo cinza, inclusive sua idéia para esta obra?
 

Udy Allien: - Sim, é verdade. Eu estava particularmente deprimido porque fazer análise em Nova Iorque, viajar o mundo, receber prêmios na Europa, criar, dirigir e atuar são coisas que me abalam. O peso do reconhecimento é brutal. Os lugares onde vou são terrivelmente belos, as pessoas interessantes em demasia, enfim, o grau do meu esgotamento era tamanho que caí em depressão no divã de couro legítimo de meu analista. Um horror! Assim, nesse clima sombrio, nasceu "Mãe Rata"!

 

Dolce Vita: "Nervo ótico, coisa nervosa" é um filme que me instiga. O que você quer nos dizer ali, Udy? O amor é uma armadilha? Ou a maior armadilha do amor é não se render a ele? Afinal, se o amor é cego de que adiantaria o nervo ótico? E a coisa nervosa?

Udy Allien: - O que quero dizer com minha obra? Não vim ao mundo para dar respostas! Basta ser um gênio incrivelmente criativo! Isso já ocupa espaço demais em minha mente brilhante. Você sabia que pensar pelos outros causa rugas nos neurônios? Um perigo!
 


Dolce Vita: - Você não gosta de falar de sua vida pessoal, mas ainda assim, arriscaria uma questão. É verdade que "Crises e Pescados" foi baseado na sua experiência traumática com uma de suas ex-mulheres, Rosna Farrow? Ela, em surto, alucinava que você era um gato e toda vez que dizia seu nome, "Rosna", a mulher berrava: "mia, mia, mia"! Nos revele em que medida este episódio devastador transformou-se no argumento de "Crises e Pescados"

Udy Allien: - Meu advogado me orientou a não falar nada nessa área. Ele especializou-se em causas "areia movediça". Uma vez que o sujeito pisa, afunda. E detesto o gênero "Titânic"!
 


Dolce Vita: - Os filmes "Horrorosa Afrodite" e "Virei Cristina em Barcelona" são baseados na sua fixação por mulheres inatingíveis. Desde quando você percebe essa profunda atração que o sexo feminino exerce em sua vida?


Udy Allien: - Desde que mamãe disse a meu pai que eu era feio. E eu escutei!
 

 
Dolce Vita: - Udy, é mais difícil ser cineasta ou manter o senso de humor?

Udy Allien: - Ser cineasta é o auge do meu senso de humor.



Dolce Vita: - Para encerrar, sua frase, poesia ou praga preferida. 

Udy Allien: - É sempre difícil escolher apenas uma citação, mas ficarei com um pensamento do magnífico compositor Odair Joseph: "Stop the pill".




(*) Imagem: Google

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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 12/08/2009
Alterado em 18/05/2011
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