“HARRY E SALLY - FEITOS UM PARA O OUTRO”, dirigido por ROB REINER e roteiro de NORA EPHRON é uma das melhores comédias românticas da história do cinema.
O filme escapa dos clichês através de um roteiro muito bem construído, personagens consistentes e uma direção sensível e precisa.
Aqui não veremos a velha história do encontro com a alma gêmea. Pelo contrário, as diferenças entre Harry (BILLY CRYSTAL) e Sally (MEG RYAN) serão constantemente colocadas em relevo desde o início, na viagem de carona rumo a Nova Iorque, ainda na época da faculdade.
Outro grande mérito do filme é justamente construir a intimidade entre eles sem qualquer apelo amoroso. A base da relação é a amizade, ainda que Harry tenha por muito tempo alimentado a ideia de que homens e mulheres não conseguem ser apenas amigos devido à possibilidade da atração sexual.
E assim, o nascimento do amor entre os dois segue por um caminho diferente do usual e talvez, por isso mesmo, ainda mais encantador.
Na imagem: BILLY CRYSTAL e MEG RYAN numa cena antológica do filme. E o meu microconto.
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“JANELA INDISCRETA”, do mestre ALFRED HITCHCOCK, muito mais do que um grande filme, é uma aula de cinema.
Se alguém não soubesse o que é a Sétima Arte, e se interessasse em descobrir, tenho a impressão de que os primeiros minutos do filme responderiam: sem uma palavra sequer, as imagens introduzem o protagonista, o repórter fotográfico L.B. Jeffries (JAMES STEWART) e seus vizinhos. Em cada uma das janelas, as histórias são contadas apenas pelas imagens. Cinema. Cinema. Cinema.
Confinado em seu apartamento devido a um acidente, Jeff passa o tempo espionando a vizinhança com um binóculo e passa a suspeitar de um assassinato. Assim, começa uma investigação particular com a ajuda da namorada (GRACE KELLY) e da enfermeira (THELMA RITTER).
Janela Indiscreta está disponível na Amazon Prime Vídeo, Google Play Filmes e TV e na Apple TV.
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(*) JAMES STEWART e GRACE KELLY. E meu microconto inspirado apenas na imagem, sem qualquer ligação com a história do filme.
“A MALVADA”, dirigido por JOSEPH L. MANKIEWICZ merece uma profunda análise, afinal é um dos maiores filmes da história do cinema, mas este post será breve. O texto mais elaborado fica para 2022.
Aqui quero apenas registrar um dos grandes duelos cinematográficos de todos os tempos e o magnífico trabalho na construção das personagens: de um lado, a dissimulação personificada de Eve Harrington (ANNE BAXTER) e do outro, a personalidade complexa da grande atriz Margot Channing (BETE DAVIS).
Na imagem as duas grandes atrizes. E meu microconto.
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“TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO” é uma obra-prima, dirigida por BILLY WILDER, que adaptou o roteiro, em parceria com Harry Kurtniz, de um conto de AGATHA CHRISTIE.
Esta história talvez tenha, entre suas reviravoltas, uma das maiores da história do cinema. A condução segura de Wilder nos proporciona uma experiência inesquecível. E a própria Agatha Christie disse ter gostado muito desta adaptação.
CHARLES LAUGHTON é a alma do filme, do meu ponto de vista. Sua atuação, simplesmente brilhante, no papel de Wilfrid Roberts, renomado advogado com problemas de saúde que é procurado por Leonard Vole, personagem de TYRONE POWER , acusado de um assassinato.
A magnífica atuação de MARLENE DIETRICH no papel de Christine, esposa de Leonard Vole, lança a dúvida em torno de si mesma ( afinal ela é uma vítima frágil ou suspeita?) também merece destaque, ao lado da interpretação cômica da enfermeira do advogado, ELSA LANCHESTER.
Se você quiser assistir (ou rever) a trama de tribunal está disponível na Amazon Prime Vídeo e na Apple TV.
(*) IMAGEM: CHARLES LAUGHTON e MARLENE DIETRICH, e meu microconto.
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Dirigido por Stephen Frears, “Ligações Perigosas” (1988) narra a aposta entre uma mulher sem escrúpulos (Glenn Close) e um homem amoral (John Malkovich) para desvirtuar uma jovem inocente (Uma Thurman) na iminência de consumar o seu casamento. Mas o foco da aposta muda em direção à religiosa casada (Michelle Pfeiffer).
Na imagem abaixo, Michelle Pfeiffer e John Malkovich. E meu microconto inspirado nesta cena de “Ligações Perigosas”.
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